segunda-feira, 6 de julho de 2009

O tic-tac da minha valsa

Chegou o dia. Chegou a metade do meu e do teu tempo.
O tic-tac compõe a valsa dos meus medos, sopra o balão dos meus sonhos para ti.
Dança comigo meu amor, não percas tempo. Esse maldito que nos rouba o balancete da paz.
O medo é ilusão dos ponteiros que fazem crêr que a hora se aproxima. Ela virá, é sabido, mas segredam-me os anjos que o céu será nosso e que o sol se enamorará das estrelas.
Não temo os passos que serão um dia só teus, das despedidas e soluços da dança. Um dia chorei por nunca ter dado as mãos a esta valsa bonita. Hoje sou feliz.
Espero o teu desabrochar como a natureza acolhe o dom de uma nova flor.
O nosso vínculo é o da unidade, essa que eternizarás quando os teus olhos repousarem nos meus.
As cartas de amor são ridículas, Sr. Pessoa! Ah, ah! Como são tolas e como principiam
o reino da magia: a timidez do sentir expressa na vontade de o dizer.
Por isso, meu querido anjinho, toma o meu colo e nele dança a nossa valsa do amor.

1 comentário:

  1. O grande amor, o amor sublime, tem destas coisas: o futuro e a felicidade da metade da nossa metade, da soma da nossa soma, importa-nos infinitamente mais que o nosso.
    Beijo, metade da minha metade, soma da minha soma!

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